quinta-feira, 26 de março de 2015

Jorge Rodrigues Loredo, o adeus ao "Zé Bonitinho"

Conhecido pela popularidade de seus personagens cômicos, principalmente o inesquecível "galã" Zé Bonitinho, o humorista Jorge Rodrigues Loredo, nascido em 7 de maio de 1925, morreu  na manhã desta quinta-feira, 26 de março, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos. 

Aos 89 anos, ele estava internado desde 3 fevereiro no Hospital São Lucas, na zona sul carioca. Antes, em 13 de fevereiro, ele havia sido transferido para a Unidade Cardio Intensiva (UCI), onde permaneceu até esta quinta-feira. Ele lutava há vários anos contra uma doença pulmonar obstrutiva crônica grave e um enfisema pulmonar. O corpo do humorista será cremado no Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio, e a cerimônia está marcada para às 15h desta sexta-feira.

O ator fez sucesso com os esquetes nos programas "Escolinha do Professor Raimundo", na Globo, e "A Praça É Nossa", no SBT, em que, até dois anos atrás, ele acompanhava também os shows com o seu número humorístico Brasil afora. Paralelamente, esse ator e humorista exerceu a profissão de advogado, especialista em Direito Previdenciário e do Trabalho. Filho de Luiza Rodrigues Loredo e do comerciante Etelvino Ignacio Loredo, ele foi criado no subúrbio de Campo Grande, no Rio de Janeiro. 

Aos 12 anos, foi diagnosticado com osteomielite na perna esquerda. A dor constante, só curada nos anos 70, fez de Loredo um garoto tímido e cabisbaixo. Aos 20 anos, devido a uma tuberculose, foi internado num sanatório. O que parecia ser mais uma tragédia foi, ao contrário, sua salvação. Incentivado pelos médicos, participou de um grupo teatral no hospital e descobriu sua vocação de ator.

Após receber alta, fez um teste vocacional que identificou nele a tendência para "atividades exibicionistas". Ele, então, procurou uma escola de teatro em busca de papéis "sérios". Contra a vontade, sua primeira audição foi para representar o monólogo cômico "Como Pedir uma Moça em Casamento" mas, aprovado, escolheu, ou foi escolhido pelo humorismo para fazer 

Mas o personagem mais famoso de Loredo, o "Zé Bonitinho" surgiu bem antes das participações memoráveis na televisão. Nos palcos, ele se inspirou em um amigo para criar o garanhão pretensioso que sempre falhava na hora "H" por já ter beijado muitas mulheres no dia. 

Desde 1959, ele atuou em vários filmes, os mais recentes "Chega de Saudade", de 2008, e "O Palhaço", de 2011, além do documentário "Câmera, Close", em que ele foi o tema em 2005.

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